Poema da misericórdia.

Pavimentada rua
Cinza da cor do céu
Esconde tanta sujeira quando chove
São restos, culpas e ódio,
A escorrer pelos esgotos da rua
Cinza rua que abriga mensageiros cinzentos
Cujas mentes esfumaçadas
São apenas dor e lamentação
De viver na misericórdia
E todo dia perdir perdão
Ao céu nublado
Por ainda não acharem a saída
E sequer o apoio de uma mão.
Cinza massa cinza,
Se trouxe esses mensageiros
Por favor, não faça que virem concreto,
Apenas mais estátuas
E que sequer admirada são.
Deem a chance a eles
De mostrar que toda arte, tem sua beleza
Por mais cinza que foste
Por mais claro que seja.

É.


De várias conclusões que tiro desta vida
É de quão mais feliz és, pior pode ser quando ficares triste.
Ás vezes, ser meio-feliz, mais ou menos feliz, é a melhor opção.
Ás vezes tenho vontade de experimentar a felicidade plena, mas o medo de uma tristeza súbita é grande.
Felicidade plena é só quando tudo estiver perfeito, em quaisquer setor de uma vida.
Porque ai você sabe que é pra sempre. E não vai entristecer jamais.
Pode ser que tudo que disse seja errado, e que felicidade seja como provar o mel diretamente de uma colméia, arriscado, em que você pode se ferir mas vai sentir o gosto doce no final, ou, não vai sentir gosto algum e se machucar, ou, vai sentir no ato o gosto sem se machucar, ou, nunca vai provar se não tentar.
Pensando bem, fico com o último parágrafo do meu texto. Os outros são bobagem.

A dor vai curar estas lástimas, o soro tem gosto de lágrimas...


Morrer para renascer.


Uma bela questão?


Já obteve a sua morte hoje?

Interessante como temos medo da palavra morte. Mas pare e pense o quão sutíl é a mesma, e de que tantas formas serve.

Podemos morrer ao parar e pensar numa determinada ação nossa, que achamos inadequada, e tomarmos consciência do quanto é ruim, e dali mesmo, matar o pensamento antigo e tomar parte do novo, a fim de evoluirmos mentalmente.

Ressurgir.


Criar a luz


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